ESTUDO DE MERCADO
Setor Construção
A indústria de construção
no mundo
A dimensão do mercado global do setor da construção em 2016, de acordo com a Business Wire, foi aproximadamente de 8,8 triliões de dólares (cerca de 7,200 biliões de euros). A China foi o mercado de maior dimensão com um “market valued” aproximado de 3,3 triliões de dólares (2,700 biliões de euros).
Para a Business Wire, o mercado global da indústria de construção deverá atingir os 10,5 triliões de dólares (8,600 biliões de euros) em 2023, com uma Taxa Composta Anual de Crescimento (CAGR) prevista de 4.2% entre 2018 e 2013.
As perspectivas da indústria global da construção são, por isso, bastante positivas, com oportunidades evidentes quer no mercado residencial, no não residencial e no mercado das infraestruturas. Os principais motores deste crescimento serão a crescente procura de habitações e as infraestruturas necessárias para apoiar o aumento da população, em especial da população urbana.
De notar ainda que esta dinâmica de crescimento será acompanhada por uma procura crescente de construção amiga do ambiente, com tecnologias que aumentem o tempo de vida das estruturas e sistemas de informação que permitam a sua gestão eficiente.
A indústria de construção
em Portugal
No boletim de conjuntura da construção, publicado em Fevereiro de 2018 pela Fepicop – Federação Portuguesa Da Indústria Da Construção e Obras Públicas, antecipa-se um crescimento de 4,5% no valor da produção, embora em termos de concursos públicos se tenha verificado uma quebra acentuada no montante dos anúncios de empreitadas de obras públicas lançados em janeiro (-58% em termos homólogos), o que veio confirmar a tendência de abrandamento que o mercado revelou a partir de agosto de 2017.
Segundo a Fepicop, com a realização de eleições autárquicas no último trimestre de 2017, o crescimento do montante das obras públicas lançadas a concurso intensificou-se logo a partir de janeiro de 2017, atingindo um máximo em agosto desse ano (+91% em termos homólogos), momento a partir do qual abrandou até aos +62% apurados no final de dezembro.
Produção global do setor da construção em Portugal em 2016:
10.741,8 Milhões de euros;
Crescimento estimado em 2017: 5,9%;
Crescimento estimado em 2018: 4,5%;
Source: Fepicop
Edifícios Residenciais
2.730,0 milhões de euros
Edifícios Não Residenciais
2.730,0 milhões de euros
Engenharia Civil
2.730,0 milhões de euros
De acordo com a nota de informação estatística da central de balanços do Banco de Portugal (Dez. 2016), em 2015 o setor da construção detinha 11% das empresas em Portugal (44 mil empresas), representava 9% do número de pessoas ao serviço e 6% do volume de negócios. Relativamente a 2011, a relevância do setor da construção no total das empresas diminuiu, em virtude de consecutivos decréscimos no número de empresas em atividade no setor. O peso do setor diminuiu 1,9 pontos percentuais (p.p.) no número de empresas, 3,2 pontos percentuais no volume de negócios e 2,9 pontos percentuais no número de pessoas ao serviço.
No mesmo relatório afirma-se que em relação a 2014, o número de empresas em atividade no setor da construção diminuiu 1,9%, evolução que contrasta com o aumento de 1,2% registado no total das empresas. Por cada empresa do setor que cessou atividade, foram criadas 0,8 empresas, um valor 0,4 p.p. abaixo do rácio de natalidade / mortalidade do total das empresas.
A “construção de edifícios” apresentou maior preponderância, representando 59% das empresas, 44% das pessoas ao serviço e 42% do volume de negócios do setor. A repartição pelos segmentos de atividade do número de pessoas ao serviço e do volume de negócios é mais homogénea. Ainda assim, destaca-se o peso da engenharia civil: 31% do volume de negócios e 23% das pessoas ao serviço do setor, embora representasse apenas 6% das empresas. Ainda, segundo a nota de informação estatística da central de balanços do Banco de Portugal a distribuição por dimensão das empresas no sector era similar à do total das empresas: 88% das empresas eram microempresas, 12% eram PME e apenas 0,1% eram grandes empresas. As PME, no entanto, representavam 51% do volume de negócios e 50% do número de pessoas ao serviço do setor (43 e 45%, respetivamente, no total das empresas). As grandes empresas eram menos relevantes no setor da construção do que no total das empresas.
Relativamente aos Indicadores de Produção do sector da Construção em 2016, e de acordo com o boletim de conjuntura da construção publicado em Fevereiro de 2018 pela Fepicop – Federação Portuguesa Da Indústria Da Construção e Obras Públicas,, no ano de 2016 foram licemciados 11.400 novos fogos (mais 38% do que em 2015) e foram concluidos 7.300 novos fogos (mais 10% do que em 2015). No que diz respeito à área licenciada em 2016, o numero atingiu os 2.7 mil milhões de metros quadrados no sector da habitação e os 2.4 mil milhões de metros quadrados no sector não residencial (mais 31 e 27%, respectivamente). Finalmente, e no que concerne a obras publicas, foram promovidas obras no valor de 1.7 mil milhºoes de euros (+39%), e foram realizados contratos de empreitada no valor de 1.15 mil milhoes de euros (+16%).